Pibid Sociologia - IFG Formosa
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
MOVIMENTOS SOCIAIS
"É durante a luta pela cidadania que se formam os cidadãos. Os movimentos sociais foram - e são - fundamentais na tarefa de exigir do Estado o reconhecimento dos direitos que compõem a cidadania e para que os próprios cidadãos discutam entre si quais devem ser esses direitos.Chamamos de movimentos social um grupo de pessoas que atua conjuntamente para transformar algum aspecto da sociedade. Os movimentos sociais são diferentes dos partidos políticos porque não procuram, necessariamente, conquistar o controle do Estado. Em outras épocas, os movimentos sociais atuaram de modo diferente. No dizer do sociólogo norte-americano Charles Tilly, em cada época os movimentos sociais têm um "repertório", um conjunto de práticas utilizadas para reivindicar. No mundo contemporâneo, esse repertório inclui, entre outros recursos, campanhas na internet, protestos, passeatas e outras formas de atuação política independente da disputa pelo Estado.
Embora não tenham como foco principal o Estado, os movimentos sociais exercem influência sobre ele porque muitas vezes as campanhas e protestos que organizam afetam as opiniões dos eleitores, o que faz com que os políticos passem a levá-los em conta."
BIBLIOGRAFIA:
MACHADO, Igor José de Renó; AMORIM, Henrique; BARROS. Celso Rocha. Sociologia hoje. Ed. Ática. São Paulo, 2015.
ALGUNS MOVIMENTOS SOCIAIS PELO BRASIL
Movimento de junho de 2013
Movimento feminista |
Movimento Sem Terra
Movimento LGBT |
Comentário: Os movimentos sociais buscam confrontar o Estado afim de garantir aos cidadãos direitos para uma vida com mais segurança. O movimento social possui um propósito de luta que fundamenta e justifica todas suas ações. Após conseguir seu objetivo o movimento acaba. Muitos integrantes que faziam parte desse movimento migram para outros movimentos e começam a lutar por outras causas. Os movimentos sociais em sua maioria possuem objetivos próprios, porém, alguns movimentos sociais se fortalecem ao receber apoio de outros movimentos sociais podendo possuir ou não similaridade em suas lutas. Então, constitui aqui as redes de ação que reúne diversos movimentos sociais que se apoiam e se sustentam através da luta e do confronto gerado diante o Estado.
Para finalizarmos o assunto, segue abaixo um link que dará acesso a um slide usado em algumas aulas de sociologia contendo algumas informações que poderão complementar o conhecimento a respeito dos movimentos sociais.
De olho no futuro - ENEM.
O grupo do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- composto por estudantes do curso de licenciatura em Ciências Sociais realizou no Colégio Estadual Doutor José Balduíno de Souza Décio diversas apresentações sobre o funcionamento do Enem e como são estabelecidas as formas de ingresso na faculdade. Desse modo, foi realizado um levantamento no município de Formosa-GO visando trazer a maior quantidade de informações possíveis aos alunos a respeito das universidades, cursos superiores e cursos técnicos que são fornecidos na cidade. Além disso, foi apresentado como os alunos podem ingressar nesses cursos podendo ser através do aproveitamento da nota do Enem ou até mesmo por vestibulares realizados pelas instituições.
O objetivo com essas apresentações é poder mostrar aos estudantes que é possível ter acesso a um curso superior, é possível continuar estudando, é possível pensar em uma vida melhor, é possível sonhar e realizar seus sonhos. Assim, nós do grupo do PIBID torcemos para que vocês (alunos) possam fazer uma ótima prova e que consigam alcançar suas metas de vida.
No link abaixo você pode ter acesso ao material que foi apresentado aos alunos.
Slide de apresentaçãoquarta-feira, 4 de outubro de 2017
Desigualdades sociais no Brasil
O Brasil até 1930
era predominantemente agrário, grande parte da população vivia no campo e o setor industrial ainda era incipiente. Na
era Vargas (1930-1945), o Estado criou condições para o Brasil se industrializar.
Criou leis trabalhistas, subsidiou a economia, investiu em infraestrutura, além
de inaugurar a indústria de base fundamental ao crescimento do país, como as
siderúrgicas, a energia elétrica, etc. foram feitos também investimentos em
indústrias voltadas a produção de máquinas e equipamentos. O Brasil então
estava deixando de ser um país rural para se tornar um país urbano e
industrial. A política econômica do país foi eficaz em termos de crescimento,
contudo não se preocupou em gerar distribuição de renda. O Brasil ficou mais
rico, mas isso não significou a diminuição do número de pobres, pois
contrariamente, a população do campo chegava às cidades e, por falta de
oportunidades, se concentrava em favelas nas cidades, vivendo em condições muito
precárias. Nas décadas de 1950 e 1960, os problemas se tornaram evidentes e
sociólogos começaram a pensar soluções para diminuir as desigualdades no
Brasil. A CEPAL (Comissão Econômica para América Latina) que fora instituída
pela ONU para alterar o quadro de miserabilidade e desigualdade existente no
subcontinente, considerava que o crescimento econômico deveria ser combinado
com políticas distributivas e reformas sociais, pois isso permitiria às
populações mais pobres terem acesso a alimentação, vestuário, moradia, educação
e lazer. João Goulart que se empenhava em diminuir as desigualdades por meio de
reformas de base (reforma agrária, urbana, eleitoral, tributária) a fim de
melhorar as condições de vida dos pobres, não agradava as classes altas. Estas
classes unidas aos militares prepararam o golpe militar ocorrido em 31 de março
de 1964.A política econômica do país voltou a ser concentracionista depois do
golpe e as desigualdades aumentaram ainda mais. Na ditadura militar o Brasil
passou por um período conhecido como milagre econômico (1969-1973), mas os
benefícios desse crescimento não foram expressos em melhorias sociais. O
trabalhador teve perdas salariais do inicio para o final da década de 1970,
passou de 103 para 147 o total de horas trabalhadas necessárias para comprar a
alimentação básica. O estado não estava aplicando as grandes arrecadações de
impostos em saúde, educação, habitação e segurança, por exemplo. Os militares
acreditavam que era primeiro necessário acumular para depois dividir, contudo
essa tese foi por água abaixo quando nos anos 1980 o país entrou numa grande
crise e a chance de diminuir as desigualdades havia passado, pois os recursos
para investir acabaram. O governo Sarney nos anos 1980 promoveu um discurso
pelo social, contudo não foi isto que se viu. Pode-se resumir que o
Brasil sempre teve dificuldades em promover distribuição de renda, em fazer
investimentos nos serviços básicos da população. Nos anos 1990 a renda da
população aumentou, mas a desigualdade não diminuiu. O acréscimo na renda dos
mais pobres entre 94 e 98 (primeiro governo FHC) foi de 24% enquanto o
acréscimo de renda dos mais ricos no mesmo período foi de 37%. O Brasil é o
país mais rico da América latina, mas em 1998 era o mais desigual. O Governo Lula iniciou pela primeira vez uma
política distributiva no país.
BIBLIOGRAFIA:
GIDDENS, Anthony.
Sociologia. Ed. Artmed. Porto Alegre, 2004.
TOMAZI, Nelson
Dácio. Sociologia para o ensino médio. Ed. Atual. São Paulo, 2007.
Comentário:
No contexto onde
estamos inseridos, observa-se que há diferenças entre as pessoas, estas
diferenças são caraterizadas por gênero de valores como coisas materiais, raça,
sexo, cultura e outros. O entendimento
mais simples para explicar que os homens são diferentes são detalhes físicos ou
sociais. Constatamos isso em nossa sociedade, pois nela existem indivíduos que
vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeadas de bens
luxuosos e com mesa repleta de fartura, enquanto a maior parcela de pessoas,
que são pobres, nem sequer tem o que comer durante o dia. Por isso vemos que
existe a desigualdade social, ela assume feições distintas porque é
constituída de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios
de cada sociedade.
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Análise de vídeo #01 : O Emprego
Neste vídeo (veja no link acima) vemos uma crítica bastante original sobre a questão da divisão do trabalho na sociedade, e das formas como podemos encarar a necessidade diária do trabalho para garantir a nossa sobrevivência. Como se distribui o trabalho entre as diferentes partes da sociedade? O trabalho é sempre gratificante para todos os indivíduos na sociedade?
Percebemos no desenrolar do vídeo que o trabalho é apresentado como algo a ser executado sem prazer, mas por obrigação, por necessidade de sobrevivência. Mostra de forma irônica funções simples de objetos representadas por pessoas, nos levando a perceber quanto dependemos do trabalho dos outros indivíduos nos aspectos mais elementares de nossa vida. Ao mesmo tempo, quando inicialmente pensamos que o homem engravatado se destaca por usufruir dos outros indivíduos, o fim do vídeo mostra que não é bem assim.
Aqueles que defendem a constituição de uma nova classe média fazem uma leitura que considera apenas as aparências, sem levar em conta o histórico de desigualdades sociais no Brasil, e divulgam a impressão de que os membros dessa suposta nova classe não estariam mais sujeitos ao desemprego e outras formas de reprodução de vida. O vídeo mostra que mesmo que a classe média pense estar a cima da classe trabalhadora, de uma forma ou de outra, se submete aos preceitos da classe dominante.
Desta forma, o vídeo representa uma critica as formas contemporâneas de trabalho e emprego, nas quais os indivíduos não se reconhecem enquanto criativos ou produtores de riqueza. Pelo contrário, a submissão de seu esforço a satisfação de outros que lhe são alheios, atividades maçantes e pouco significativas parecem ser a maneira como a narrativa percebe e mostra as modernas condições de trabalho.
Questão comentada #01
Nós do Pibid Sociologia torcemos pelo sucesso dos estudantes do colégio José Décio.
Com essa imagem da formatura do ano de 2016 começamos aqui uma série de postagens comentando questões e exercícios que possam ajudar os estudantes a compreender melhor os conteúdos da sociologia, e quem sabe possam ajudá-los a se preparar para as provas e concursos que encontrarão pela frente.
Essa questão foi retirada do vestibular de 2010 da Universidade Estadual de Londrina (Uel)
Questão:
Ao separar completamente o patrão e o empregado, a grande indústria modificou
as relações de trabalho e apartou os membros das famílias, antes que os
interesses em conflito conseguissem estabelecer um novo equilíbrio. Se a função
da divisão do trabalho falha, a anomia e o perigo da desintegração ameaça todo
o corpo social e quando o indivíduo, absorvido por sua tarefa se isola em sua
atividade especial, já não percebe os colaboradores que trabalham ao seu lado e
na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa obra comum.
(DURKHEIM,
E. A Divisão Social do Trabalho. Apud QUINTEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.;
OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Clássicos. Vol 1. Durkheim, Marx e Weber. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2007. p. 91.)
Assinale a alternativa que
corretamente define a função moral da divisão do trabalho social segundo E.
Durkheim.
a) Ampliar
a anomia social.
b) Estimular
o conflito de classes.
c) Promover
a consciência de classe.
d) Estreitar
os laços de solidariedade social.
e) Reproduzir formas de alienação
social.
Gabarito: d
Comentário:
Quando Durkheim usa a expressão “função
moral” ele quer dizer aquilo que gera coesão social, ou seja, aquilo que faz
com que os grupos sociais permaneçam unidos, agregados. Desse modo:
a) Anomia social é um estado de desordem,
onde as normas não conseguem mais se impor, os indivíduos deixam de se sentir
pertencentes ao corpo social, o que pode levar a desagregação do grupo. É
justamente o inverso de gerar coesão. Item
incorreto.
b) Coesão tem em Durkheim sentido oposto
ao de conflito. Então não seria possível que a divisão do trabalho social
tivesse função moral de estimulasse conflitos. Item incorreto.
c) A ideia da promoção de uma consciência
de classe diz respeito à construção teórica de outro pensador, no caso Karl
Marx. Item incorreto.
d) Solidariedade social significa para
Durkheim o nível de coesão de um grupo. Se a divisão do trabalho é bem
desenvolvida, complexa, os indivíduos se tornam intimamente dependentes do
trabalho realizado pelos demais. Essa interdependência (solidariedade) gera um
alto grau de coesão social para Durkheim, sendo por esse motivo que a divisão
do trabalho tem função moral. Resposta
Correta.
e) Alienação social é também um conceito
trabalhado por Karl Marx em sua crítica às consequências do modo capitalista de
produção, e não corresponde à função moral que Durkheim vê na divisão do
trabalho. Item incorreto.
Q
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